Da janela do meu quarto vejo janelas e vidraças,
carros e um amarelo girassol.
Um ponto vermelho, um sinal...
Gritos e uma camisola branca,
tem também uma tourada e o cachorro que arrasta uma mulher.
Luzes de TV e de banheiros.
Além da janela do meu quarto,
vi um mar que não era azul, marrom quase dourado...brilhante.
Um vento explorava meu corpo em silêncios incompletos
E, de volta à janela, só vejo a montanha e o nevoeiro.
Florianópolis, abril de 2005
terça-feira, 3 de abril de 2012
Vivência
De todos os estados do meu ser,
O mais latente é aquele sorriso que se evapora
tornando-se fogo no céu.
As chamas caem feito gotas
deslizando sobre o telhado
atingindo meu corpo,
despertando imagens que dançam.
Da minha carne brota uma matéria incandescente,
meus dedos correm pelo capim,
um formigueiro suga meu braço.
O corpo enroscado, arrastado pelo labirinto.
Corpo de areia com peso de chumbo...Uma lança.
O mais latente é aquele sorriso que se evapora
tornando-se fogo no céu.
As chamas caem feito gotas
deslizando sobre o telhado
atingindo meu corpo,
despertando imagens que dançam.
Da minha carne brota uma matéria incandescente,
meus dedos correm pelo capim,
um formigueiro suga meu braço.
O corpo enroscado, arrastado pelo labirinto.
Corpo de areia com peso de chumbo...Uma lança.
Quase um corpo
Do canto à um canto
Entoei pensando nos teus encantos
Um sorriso lilás com olhos negros
Malícia com mãos de menina
Uma voz que "baila comigo"
Brinca de boneca, quebra a cabeça
Chora pelos pés e esquece os calcanhares
A pulsação do estômago impede o coração
Enquanto os rins já romperam com os ombros
E a coluna recupera a visão
Florianópolis, 12/04/2005
Entoei pensando nos teus encantos
Um sorriso lilás com olhos negros
Malícia com mãos de menina
Uma voz que "baila comigo"
Brinca de boneca, quebra a cabeça
Chora pelos pés e esquece os calcanhares
A pulsação do estômago impede o coração
Enquanto os rins já romperam com os ombros
E a coluna recupera a visão
Florianópolis, 12/04/2005
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